Já pensou nas inúmeras maneiras existentes para transmitir conhecimento? E uma das formas mais poderosas que podemos citar são os filmes, especialmente aqueles que misturam entretenimento e conhecimento. Neste post falaremos um pouco sobre o filme Privacidade Hackeada, dos diretores Karim Amer e Jehane Noujaim.

Caso você já tenha assistido, talvez esteja se fazendo várias perguntas. Afinal, o filme causou discussões acaloradas nas redes sociais.

Mas calma, também fizemos várias perguntas enquanto assistíamos ao filme. E isso é normal, pois se trata de um filme bem complexo.

E se você ainda não assistiu, corre para o Netflix e assista. Pois esse será um filme que lhe trará muitas reflexões sobre como seus dados e a sua privacidade são tratados na internet.

Ah, e não se preocupe, pois não daremos spoilers!

Privacidade Hackeada

O filme The Great Hack, traduzido para o português como Privacidade Hackeada, conta a história do grande escândalo envolvendo a empresa Cambridge Analytica e as eleições americanas de 2016.

O ponto de partida dessa história vem sobre a reflexão do professor de mídias sociais e desenvolvedor de aplicativos, David Carrol, sobre o que era feito com os dados de suas atividades online.

O que o levou a buscar respostas para tal reflexão?

O filme apresenta essa busca e como uma empresa conseguiu influenciar uma eleição presidencial usando apenas os dados compartilhados por usuários em suas redes sociais.

Mas, antes de entrarmos em mais detalhes sobre a história, precisamos conhecer um dos personagens principais da história.

O que é a Cambridge Analytica?

A Cambridge Analytica era uma empresa privada que realizava análise de dados junto a uma comunicação estratégica para processos eleitorais.

Para ficar mais claro, a Cambridge foi a empresa que trabalhou na campanha para presidência de Donald Trump. Porém, podemos dizer que ela não realizou um trabalho ético. 

Isso porque ela utilizou indevidamente os dados de diversos usuários para ajudar a traçar um perfil político que combinasse com o gosto da população. 

Esse processo era feito através da coleta de dados de pessoas em tempo real, conectando-os às suas identidades e colocando-os disponíveis para venda.

Assim, qualquer um que tivesse interesse poderia comprar esses dados e usá-los como bem quisesse.

Diversos dados foram vendidos, a fim de criar fluxos de conteúdos de acordo com o perfil dessas pessoas, e assim, formar perfis para a eleição americana de 2016.

Ou seja, a Cambridge coletava dados de pessoas que ainda se sentiam confusas, ou sem opiniões formadas sobre a política para criar conteúdos segmentados.

Com isso, ela tinha o poder de influenciar essas pessoas e fazer com que elas pensassem de acordo com os seus interesses e decidissem por votar em um determinado candidato. 

 O Facebook

Outro ponto que chamou atenção no filme é sobre a relação do Facebook com a Cambridge.

O que para muitos era apenas um local de interação, passou a ser um dos meios, se não o principal, ao qual a Cambridge utilizou para coletar dados.

O mais chocante para quem descobriu e desvendou esse escândalo, é que os responsáveis pelo Facebook sabiam que os dados eram utilizados, pois havia suspeitas de que funcionários haviam ajudado a Cambridge a agir dessa forma.

Mas, por algum motivo, optaram por se calar. 

Além de coletar os dados de usuários do Facebook, eles coletavam também os dados de toda a rede de amigos dessa pessoa.

Informações como o que ela curtiu ou comentou, as atualizações de status e o que pode ser o mais sério de todos, o acesso total às conversas privadas. 

Esses eram dados necessários para colocar a estratégia de influência em prática e assim os fizeram. 

O uso indevido dos dados: tendo sua privacidade hackeada

Para cada pessoa a internet tem um significado. Seja ele um local para compartilhar experiências, um passatempo ou o meio de trabalho.

Mas, aos poucos, vamos nos envolvendo ainda mais com a internet, fazendo com que ela faça totalmente parte de nossas vidas.

Esse é mais um dos pontos abordados no filme, sobre como as pessoas tem utilizado excessivamente a internet. E com esse uso excessivo, acabam fornecendo diversas informações sobre suas vidas como o local onde moram, dados do bancários, a rotina diária, dentre outros.

A partir desses dados, muitas ações negativas podem ser realizadas contra si mesmo, como é visto em Privacidade Hackeada.

O filme nos mostra como o uso indevido de dados que tem como intuito ganhar dinheiro pode impactar um país e mudar a vida de muitas pessoa.

Conclusão

A manipulação de dados pode mudar o destino das pessoas e, por isso, antes de abrir sua vida na internet, pense em como têm sido a privacidade dos seus dados e como você tem manipulado os dados de seus clientes. 

E deixamos uma pergunta para você: será que a tecnologia está ou não ao nosso favor? 

Conta pra gente aqui nos comentários.